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[247] mudei de roupa

30.6.05

PEQUENAS MUDANÇAS

Título vertido para português, citação nova, template mais vivo, ainda que mínimo.

Nos próximos dias haverá mais.

[246] o CUIDADO DE SI feito pelos seus leitores

29.6.05
[














]

[245] nota pachecopereiriana a propósito de um livro

28.6.05
À minha frente, solitária e suplicante, a edição de 1943 do Eurico, o presbítero (Bertrand). O prefácio e as notas são de Vitorino Nemésio (estudioso assíduo de Alexandre Herculano), que assina o seu contributo fazendo referência à data e ao local em que este foi elaborado: Lisboa e Tóvim, 1943.
Ora, TOVIM (actualmente sem acento) é precisamente a terra que vejo da janela do consultório em Coimbra: um corropio de casas a trepar a encosta até ao Picoto dos Barbados. Melhor seria dizer TOVINS, uma vez que são três: o de baixo, o do meio e o de cima. Terra de gente e casas pobres, que a pouco e pouco foram sendo circundadas por vivendas de abastados.
Aqui nasceu a minha mãe Amália: uma tovineira de gema, que traiu a sua terra quando, com apenas cinco anos de idade, foi viver para o Dianteiro e, mais tarde, para S. Sebastião. «Se bem me lembro» foi na companhia dela que assisti - eu desinteressado, ela comovida - ao funeral de Nemésio no cemitério de Santo António dos Olivais em 1978.

[244] NUNCA aqui estive (I)...






... e também não vou estar este verão!

Santorini é assim...

[243] sex, god and summer

1) Leio no DN de domingo passado (ando algo atrasado!) que as PEA publicaram um livro que, segundo o referido diário, suscitou grande escândalo nos EUA. Título da obra: Deus e o sexo; autor: James T. Haugh.
Como gosto de escândalos fui à procura do autor aqui, aqui e, sobretudo, aqui. Da propalada polémica nem um só vestígio ou referência! Aliás, de tão famoso autor não encontrei absolutamente nada em língua inglesa, francesa, italiana, castelhana... Experimentar para crer.

2) A «Pública» (sem link) traz uma reportagem (chamada única na capa) sobre o rei dos sex-shops em Portugal, a propósito da realização da feira Erótica em Lisboa.

3) O sexo vende bem. Deus vende bem. Sempre venderam. Sobretudo no verão. Nem é preciso inventar escândalos e polémicas...

[242] viagem pelo mundo num pendular

Guiné-Bissau: dois candidatos passam à segunda volta das eleições ; neste caso, tertium non datur (Kumba Ialá irá dedicar-se apenas à filosofia?). A questão é: passo em frente ou voltará o caos?

Irão: a vitória de um ultra-conservador não é propriamente uma má notícia. Ou sim?

Moçambique: 30 anos de independência. 30 anos de progresso? Por cá há quem não tenha sentimentos de culpa.

Portugal: estamos em crise. Alguma vez saímos dela? (até mesmo na época áurea das Descobertas se não fosse «o pão de França, o país passava fome»!)

[241] Eugénio de Andrade em Itália

15.6.05
À atenção das entidades competentes ou interessadas

Em Itália, Eugénio de Andrade já foi publicado há alguns anos, mas como relata a seguinte notícia, que apresento traduzida mais abaixo, actualmente, as suas obras ou estão esgotadas ou fora de circulação (uma delas inclusive não tem ISBN!!). É interessante o pedido que encerra a notícia: «Algum editor mais sólido estará interessado em remediar a situação "a posteriori"?».
E em Portugal, alguém poderá fazer alguma coisa? Por exemplo, a Fundação Eugénio de Andrade ou o Instituto Camões?



Eugénio de Andrade, poeta esquecido pela Itália
Fechou os olhos aos 82 anos, na casa sobre o mar do seu amado Porto - que também se tornou sede da Fundação com o seu nome -, o poeta Eugénio de Andrade, o autor português mais traduzido e conhecido no mundo depois de Pessoa. As agências internacionais deram a notícia do facto no dia 13 de Junho e o acontecimento foi noticiado por alguns diários italianos no dia seguinte. Nalguns casos, para dizer a verdade, apenas poucas linhas; mas sobretudo nenhuma referência especial a um facto significativo: em Itália é praticamente impossível encontrar um livro seu traduzido. O único título ainda em comércio é "Vigilia dell'acqua" que C.V. Cattaneo organizou, editado pela Associazione Edizioni Empiria de Roma em 1990, volume muito difícil de encontrar até porque não tem ISBN. Outros títulos publicados nestes últimos anos, tais como "Ufficio di pazienza" (1997) e "Il sale della lingua" (1998) ambos das Edizioni del Bradipo e "Memoria d'un altro fiume" Messapo di Siena (1983) não se consegue encontrá-los porque os editores, entretanto, cessaram actividade, enquanto "Ostinato rigore: antologia poetica" (Abete, 1975) está esgotado. Algum editor mais sólido estará interessado em remediar a situação "a posteriori"? (Fonte: Alice News)

[240] pérola matutina

Para orientar o dia as palavras silenciosas do j. camilo:
O silêncio, no entanto, é muito mais verdadeiro do que a "palavra divina". Não necessita do espectáculo da correcção ou edição posterior, "melhorada".Quem resiste a dizer o que pensa sobre o mundo, os livros, as outras pessoas, tem sobre aqueles que falam e escrevem a vantagem de uma profunda e sábia modéstia: não lhe é preciso "dizer" para sentir que existe; não necessita de se definir por oposição ao que o rodeia.Talvez o silêncio, então, não seja qualidade dos homens - mas apenas dos deuses. Eles não precisam de se mostrar para existir, não necessitam sequer de provar a ninguém que existem. Basta-lhes existir. Para bom entendedor nenhuma palavra basta.

[239] um fósforo pequeno

14.6.05
A beleza existe: num conto de Hans C. Andersen, num bailado do Royal Danish Ballet, num trecho inédito dos Sigur Rós. Eis uma versão televisiva: low res (10 mb) high res (20 mb).

[238] as comadres juntam-se de novo

Estes senhores parece que se vão reunir de novo... com Rogers Waters e tudo! O evento será no Hyde Park, dia 2 de Julho por ocasião do Live8.

[237] as nossas cidades não têm sentinelas



edward hopper, the lighthouse at two lights


Por vezes
o dia
parece que vem
como obra do nada

nos eléctricos, nas montras
dos bares.


As nossas cidades não têm sentinelas,
quem vigia fá-lo por ofício
ou desesperança.


E o inimigo nunca
ninguém o viu chegar.



(Davide Rondoni, il bar del tempo,
traduzido por José J.C. Serra)

[236] o espanto

(Ricki Mountain, Sacred Cenotes)

Perguntou-me se eu sabia a resposta à questão: «Porque existo?»
Respondi-lhe que não. Sorriu-me. Sorri-lhe.
Perguntei-lhe se sabia a resposta à pergunta «Porque existes?»
Respondeu-me que não. Sorri-lhe. Sorriu-me.
Espantámo-nos com o nosso desconhecimento.
Perguntou-me: «Sabes se existes?»
Respondi-lhe que sim.
«Como?», insistiu.
«Porque me espanto!», disse eu, quase que ao acaso.
«Ah!», fez ela, abrindo a boca, surpreendida.
Silenciou.
Sorriu-me e disse: «Acabo de saber que existo!»

Muitas vezes, o problema não está na resposta encontrada. Pelo contrário. Amiúde, o que nos perturba é a pergunta que formulamos. A questão que indaga a existência é insuprível, mas também é do domínio do mistério e do não conhecido, que remete para o Transcendente.
Mas se atentarmos melhor, a pergunta nasce de um pressuposto: a constatação de que existimos. Só se questiona quem sabe que pode colocar a pergunta, ou seja quem já experimenta que existe.
Portanto, a pergunta não está primeiro. O questionar não é o motor, o primeiro agente de sentido. E, por isso, a resposta à pergunta «Porque existo?» não pode alicerçar a busca de significado para a existência. Primordial só pode ser o espanto de saber que existo. Na origem da busca de sentido para a vida não está um ponto de interrogação, mas um ponto de exclamação! E neste ponto de exclamação está a contemplação, o olhar de quem se põe frente à realidade de maneira gratuita e atenta.

[235] Elogio à arte de fazer versos

13.6.05

(Elena Retfalvi)


L'ARTE DI FARE VERSI
Tutta la scienza è qui,
nel modo in cui questa donna
dei dintorni di Canton,
o delle campagne di Alpedrinha,
traccia quattro o cinque solchi
di cavoli: mano ferma
con l'acqua,
intimità con la terra,
inpegno del cuore.
Così la fa la poesia.

(Eugénio de Andrade)

[234] Cinco verbos para as férias

11.6.05

1.Muitos de nós já programaram as férias. Muitos de nós ainda não programaram as férias. Independentemente do grupo a que pertencemos é bom que escolhamos, neste verão, pelo menos uma semana de tempo livre, de leveza lúdica, que podemos apelidar como tempo de férias. Mas como viver esse tempo? Que fazer? Propõem-se cinco verbos que podem orientar-nos neste verão: respirar, fortalecer-se, viajar, aprender, ser realista.

2. RESPIRAR. As férias podem ser um tempo em que dizemos a nós próprios «preciso de ar!», em que adquirimos um ritmo mais livre e mais humano, em que inspiramos a plenos pulmões a vida que nos rodeia. Deixemos o corpo respirar, dedicando-nos aos passeios, abandonando-nos ao relaxamento, ao sono restaurador e aos exercícios respiratórios. Respirar! Ar! Regressar ao essencial que nos mantém agarrados à vida. Também podem ser, as férias, um tempo para respirar ar novo nos relacionamentos interpessoais: dar espaço ao diálogo que reconforta e confirma que é bom estar juntos, que é bom ter um projecto em comum.

3. FORTALECER-SE. O segundo verbo para as férias convida-nos a desembaraçar-nos do supérfluo, do ruído e dos maus hábitos (sono, alimentares).
As férias não nos querem foliões e pândegos, apesar de ser isto que amiúde vivemos. Há mais sabedoria em se ser regrado durante as férias (e na vida toda), preferindo estados de calma e serenidade, do que alinhar na festança ou no atordoamento. Teremos de perguntar-nos se o que fazemos do nosso tempo livre nos ajuda a aligeirar a existência ou se, pelo contrário, é um fardo pesado que lhe pomos em cima. Fortaleçamos o corpo, o espírito e os laços afectivos.

4. VIAJAR. Férias que se prezem têm sempre uma viagem. Mas não é necessário ir para longe. Pode bastar uma visita à cidade mais próxima de nós ou à própria cidade em que se vive. Será que conhecemos bem as cidades em que vivemos? Os museus, as ruas, as pessoas, as casas, os monumentos, as belezas naturais?

5. APRENDER. Nas férias? Um verbo que não nos deve assustar, sobretudo, se pensarmos que a vida é a nossa mestra. As férias são por isso um tempo especial para fazer uma releitura do ano, uma espécie de auto-análise das experiências feitas, dos fracassos sofridos, das conquistas alcançadas: avalia-se o passado, projecta-se o futuro, numa postura de agradecimento pelo presente que se vive. Aprender talvez implique, também, ir à estante dos livros comprados ao longo do ano, abri-los e decidir-se lê-los. Aprender, nas férias, pode tão simplesmente exigir que nos mantenhamos atentos e observemos com cuidado tudo o que nos rodeia.

6. SER REALISTA. O excesso de expectativas pré-férias pode tornar-se uma triste decepção de pós-verão. «Ser realista» significa pôr em perspectiva tudo o que se projecta fazer. Significa distanciamento em relação ao «onde» e ao «o quê» das férias, para valorizarmos o «como» e o «com quem». E já agora, por que não aproveitar as férias para fazer novos amigos, criar novas relações ou ainda, para dar algum do seu tempo, também, àqueles que não podem, simplesmente, sair de casa?


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