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[245] nota pachecopereiriana a propósito de um livro

À minha frente, solitária e suplicante, a edição de 1943 do Eurico, o presbítero (Bertrand). O prefácio e as notas são de Vitorino Nemésio (estudioso assíduo de Alexandre Herculano), que assina o seu contributo fazendo referência à data e ao local em que este foi elaborado: Lisboa e Tóvim, 1943.
Ora, TOVIM (actualmente sem acento) é precisamente a terra que vejo da janela do consultório em Coimbra: um corropio de casas a trepar a encosta até ao Picoto dos Barbados. Melhor seria dizer TOVINS, uma vez que são três: o de baixo, o do meio e o de cima. Terra de gente e casas pobres, que a pouco e pouco foram sendo circundadas por vivendas de abastados.
Aqui nasceu a minha mãe Amália: uma tovineira de gema, que traiu a sua terra quando, com apenas cinco anos de idade, foi viver para o Dianteiro e, mais tarde, para S. Sebastião. «Se bem me lembro» foi na companhia dela que assisti - eu desinteressado, ela comovida - ao funeral de Nemésio no cemitério de Santo António dos Olivais em 1978.
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4:30 da tarde

Não sabia que os restos mortais do nosso Vitorino Nemésio estavam em Santo Antonio dos Olivais...«se bem me lembro...» a frase que sempre recordo de uma memória a preto e branco e muito ténue dos seus programas na RTP...vou tentar recapturar essa memória, se tiver oportunidade, é sempre bom visitar o «Moscardo» Zé Serra para nos despertar do torpor quotidiano...ainda que agora tenha tido pouco tempo de antena na www...acerca de Santorino ...tambem não irei la este verão...mas quem sabe um dia...
Boa sorte e obrigada
Matilde    



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