Por que é que na capa deste livro surge «Obra vencedora do Campiello Prize» e não, em italiano, «Obra vencedora do Premio Campiello ou melhor, em português, «Obra vencedora do Prémio Campiello»?!
Nos dias 23 e 24 de Janeiro de 2009 Tammie Ronen virá a Lisboa (anfiteatro da FPCEUL) orientar seminário e workshop subordinados ao tema: «O USO CRIATIVO DE TÉCNICAS EM PSICOTERAPIA».Um dos temas mais belos dos Pink Floyd (da série «best song ever» que pulula pelo You Tube). Para além da fantástica melodia (com um acorde de quarta de exatasiar!) os rapazes lutavam, ainda, por uma segurança em palco que só viria com o passar dos anos. Repare-se como Roger Waters abana a cabeça como que a dizer que o ritmo estava lento ou o som péssimo e que a culpa era das teclas de Rick Wright... E David Gilmour a olhar incessantemente para Waters (a requerer confirmação?) e a enganar-se na letra ao repetir o terceiro verso em vez de cantar o sexto... São fantásticos, não são? Se fosse uma love song era, sem dúvida, dedicada à Charlotte «Bomba Inteligente» para que ela «hoje acord(asse) assim...»
TERAPIA NARRATIVA DE RE-AUTORIA MIGUEL GONÇALVES - Seminário aberto a Psicólogos clínicos a realizar na FPCEUL Alameda da Universidade Lisboa, nos dias 20.12.2008 10.01.2009 14.02.2009
«Hoje sei que há beleza e beleza; e isto vale também para os lugares, não só para as pessoas. Aqui não há desertos rendilhados pelo vento ou montanhas sobranceiras aos lagos, baías que abraçam o mar e ilhas no fio do horizonte, há apenas uma serena fiada de vinhas ordenadas, chãs e ladeiras; e há quem ouça uma música com cheiro a bosque depois da chuva. Quem a trabalha, à terra, finge não vê-la, à beleza: acha uma cisma de preguiçosos parar a contemplar o vale quando a sombra o alaga ou o sol inunda o bosque e desenha um caminho. Não é desprezo ou desatenção, apenas hábito. A terra é a terra, o bosque é o bosque e a vinha é a vinha. E ninguém perde tempo a recordar quando foi erguida – por obra sabe-se lá de quem – a torre de San Biagio, toda virada a norte, com o musgo a roer-lhe as pedras. Alguns chamam-lhe Torre da Vingança, ainda que de lá de cima não se veja quase nada por causa do nevoeiro persistente. No meu coração sempre achei que se deveria chamá-la Torre da Vingança. Uma vingança gentil, entenda-se; talvez nem mesmo o termo «vingança» seja o certo, seria melhor dizer despique ou desforra, e não apenas a minha pessoal, mas a de todos aqueles que nesta aldeia nasceram e morreram ao longo dos anos, e que arrancaram ao bosque um metro de terreno após outro, que cavaram com a enxada levantando torrão a torrão, tentando não olhar para aquele horizonte de bosques íngremes, infindos como as ondas do mar.»
«Os números primos apenas são divisíveis por 1 e pelo próprio número. Estão no lugar que lhes é próprio na infinita série dos números naturais, esmagados, como todos, entre dois, mas um passo mais além relativamente aos outros. São números desconfiados e solitários e, por isso, Mattia achava-os maravilhosos.