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[34] NA ESCRIVANINHA: o desafio de nos questionarmos


Byron Katie (BK) criou um método, The Work, que se propõe libertar-nos da nossa confusão interior. Não se trata de um dogma espiritual ou filosófico: é uma experiência terapêutica a ser vivida.

A técnica terapêutica fundamental é a do Turn around, a técnica da inversão. «Enquanto considerarmos que as causas dos nossos problemas estão fora de nós e supusermos que algo ou alguém é responsável pelo nosso sofrimento, a situação não terá qualquer solução ou esperança de resolução. [...] Recordai a verdade a vós mesmos e conquistareis a liberdade», diz BK. Trata-se, portanto, de um trabalho profundo sobre as nossas projecções.

O MÉTODO
«Por detrás de cada sensação desagradável esconde-se um pensamento que não é verdadeiro para nós», diz KB. Quando sentimos um certo mal-estar é necessário que façamos um trabalho de investigação: submeter o nosso pensamento a quatro questões, que são sempre as mesmas.
A propósito desse tal pensamento, perguntemo-nos, deixando que a mente coloque as quatro questões e o coração responda:

1) Isto é verdade?
Escreva ou enumere diferentes desenvolvimentos deste pensamento.
2) Pode absolutamente confirmar que é verdade?
Tem provas concretas daquilo que afirma? Se sim, quais são? Que elementos lhe permitem afirmá-lo com certeza?
3) Que reacções lhe suscitam estes pensamentos?
Entre em contacto com os sentimentos que acompanham tais pensamentos. E que comportamentos provoca?
4) O que seria de si sem esses pensamentos?
Imagine-se livre de semelhante cenário. O que faria de diferente? Em que medida a sua vida seria diferente?

Agora, pode voltar à sua frase. São possíveis inúmeras espécies de inversão: inverter o pensamento dirigindo-o a si mesmo, dirigindo-o ao outro ou invertê-lo no seu contrário. Por exemplo, a frase «A V. tem de me amar», pode ser invertida em «Eu tenho de me amar a mim», «Eu tenho de gostar da V.», «A V. não tem de gostar de mim». Inverta a afirmação inicial à medida da inversão que considera ser mais próxima da sua realidade.

COMENTÁRIO
Enfim, poderá parecer simplista e redutor como método de auto-terapia: tudo se reduz a fazer quatro perguntas? E é suficiente trabalhar a nível cognitivo? E as outras áreas da experiência humana, tais como as sensações, as emoções e os comportamentos?
Por outro lado, lendo o livro - sobretudo, os inúmeros trechos de diálogos terapêuticos -, fica-se com a ideia de que BK utiliza outras técnicas mais amplas e eficazes, não se limitando à repetição mecânica das magical four questions.
KB utiliza uma abordagem integrada, quer ela o reconheça ou não, apesar do focus nos processos cognitivos. Nos tais trechos de diálogos terapêuticos reconhecem-se, pelo menos, quatro diferentes abordagens: a cognitiva (A. Ellis e a REBT; A. Beck e TC), a Gestalt (quando KB trabalha «sobre» o corpo do cliente e procura seguir o continuum de consciência do cliente), a gramática transformacional de Bandler e Grinder (na maneira como estimula respostas completas) e a abordagem psicanalítica (apropriação das projecções através do turn around).
A autora tem conhecido enorme sucesso nos EUA e em França. Aqui entre nós a moda ainda não pegou, se é que vai pegar. Os seus workshops, em que aplica ao vivo os princípios e os métodos do The Work, são extremamente interessantes (pelo que dizem os participantes e os observadores) e eficazes do ponto de vista terapêutico.
Espanta, todavia, que o livro (falo da edição que possuo) não tenha uma única referência bibliográfica a, pelo menos, um dos autores que acima listei! É tudo farinha do saco de KB? Não me parece.

[Byron Katie(2002). Loving what it is: four questions that can change your life. Random House]

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3:48 da tarde

Ai, ai. Quando penso nas quatro perguntas e na minha ex que se foi, ainda mais deprimido fico. "Isto é verdade?" É, é terrivelmente verdade. "Pode absolutamente confirmar que é verdade?" Sim, infelizmente posso. "Que reacções lhe suscitam estes pensamentos?" Más. Péssimas. "O que seria de si sem esses pensamentos?" A única maneira de não os ter é ela voltar para mim. E não volta.    



4:00 da tarde

Prezado anónimo:

a meu ver, para que as quatro perguntas resultem é necessário, antes de mais, ter em conta o princípio mais importante de todos: a responsabilidade pessoal perante aquilo que vivemos (sentimos, pensamos, percepcionamos, agimos).
Como diria BK:
«Enquanto considerarmos que as causas dos nossos problemas estão fora de nós e supusermos que algo ou alguém é responsável pelo nosso sofrimento, a situação não terá qualquer solução ou esperança de resolução.
Compreendo a dor da separação, mas faça dela uma alavanca, e não um bloqueio, para o seu crescimento e bem-estar.    



10:30 da tarde

O anónimo anterior não terá percebido bem a ideia:

A) Tenho uma ex, e lamento porque a queria de volta. É verdade que ela o deixou? Não, fui eu que arranjei maneira de a afastar e agora estou arrependido.

B) e porque não lhe pede que volte? Mas se a desiludi, a pretexto (porventura algo que eu julgo ou julgava genuino) de que ela me desiludiu, como esperar que ela me queira de novo?

O método é interessante, mas elas não voltam. That's a small problem.

C) Vou a partir daqui "esperar" por outra relação ? Como, se aquela me sobrevive nos sonhos e nos pormenores?

Eu só posso dar um conselho a mim próprio: pára de destruir a tua própria vida e a dos outros, gostando um pouco mais de ti próprio. Diz aos outros que amas, que os amas. Ou desaparece de vez.    



10:47 da tarde

Ou então, como diz H. Hesse:
«Vamos, coração, despede-te e cura-te».
Que é quando fazemos o funeral das experiências afectivas que morreram.
Deixá-las ir... e curar o coração.    



3:12 da tarde

Não posso estar ao pé de ti
fingir o que não quero,
ver um vazio que não sinto
calar palavras que ardem no peito
capear o desejo que és,
o cheiro que me nega o cinismo
negar o que éramos e ainda sou.

Não posso estar ao pé de ti
parar a existência que conheço,
toldar a desilusão em sorrisos mornos
ameaçar a parca lucidez que me resta
apagar a luz que és,
o ventre que me aqueceu a vida
contradizer o que fizemos e ainda faço.

Não posso estar ao pé de ti
procurar o que perdeste,
esquecer sereno a imagem que tenho
abandonar as emoções que amparo
extinguir a chama que és,
os olhos onde me encontrei tantas vezes
contrariar o que vivemos e ainda vivo.

Não posso estar ao pé de ti
enganar a paixão que sinto,
atraiçoar o espírito que sou
adormecer os sentimentos que faço
destruir a vontade que és,
o corpo que conheço de cor e tive
matar o que amámos e ainda amo.

Mesmo sem o conhecer, faço esse exercício vai para 2 anos, e o sentimento continua a ser o acima exposto. Mas continuo esperando e trabalhando, para que o tempo faça o seu trabalho.

Nelson    



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