[26] Rememorar Coimbra
Gosto de ir a Coimbra no Outono quando chove. Da janela do consultório observo o manto leitoso da chuva a derramar-se sobre as vertente alcantiladas da Serra da Rocha.
O verde dos pinhais esbate-se; dá a sensação de um nevoeiro na baía.
Ouvir a chuva a cair e o pulsar ritmado do relógio de sala no corredor. Um beat sereno. Pacificador. Num silêncio ocupado sinto-me criança em braços de mãe a dormitar embalado por esta sinfonia natural.
O verde dos pinhais esbate-se; dá a sensação de um nevoeiro na baía.
Ouvir a chuva a cair e o pulsar ritmado do relógio de sala no corredor. Um beat sereno. Pacificador. Num silêncio ocupado sinto-me criança em braços de mãe a dormitar embalado por esta sinfonia natural.
Hoje foi dia de sol e frio em Coimbra. Assim que desço do Alfa encanta-me o cheiro a húmus e a lareira a arder. Recordações de tempos imberbes. Bonitas lembranças. Que agora rememoro com prazer.