[33] De degrau em degrau
A mim acontece-me, um anseio de partir, nas manhãs solarengas e frescas. Mas depois... a hesitação. Com os anos fui aprendendo: enquanto hesito... arranco e vou! Acting out, dirão alguns. Eu digo, simplesmente, seguir a primeira intuição. Ou a segunda, quem sabe...
Assim como as flores murcham e a juventude cede à velhice,
Também os degraus da vida,
A sabedoria e a virtude, a seu tempo,
Florescem e não duram eternamente.
A cada apelo da Vida deve o coração estar pronto,
A despedir-se e a começar de novo
Para, com coragem e sem lágrimas,
Se dar a outras novas ligações!
Em todo o começo reside um encanto
Que nos protege e ajuda a viver.
Serenos, transponhamos espaço após espaço,
Não nos prendendo a nenhum como a um lar;
Ser-nos corrente ou parada
Não quer o espírito do Mundo,
Mas de degrau em degrau elevar-nos e aumentar-nos.
Mal nos habituamos a um círculo de vida,
Íntimos, ameaça-nos o torpor;
Só aquele que está pronto a partir e parte
Se furtará à paralisia dos hábitos.
Talvez também a hora da morte
Nos lance, jovens, para novos espaços.
O apelo da Vida nunca tem fim...
Vamos, coração, despede-te e cura-te.
(H. Hesse)
Assim como as flores murcham e a juventude cede à velhice,
Também os degraus da vida,
A sabedoria e a virtude, a seu tempo,
Florescem e não duram eternamente.
A cada apelo da Vida deve o coração estar pronto,
A despedir-se e a começar de novo
Para, com coragem e sem lágrimas,
Se dar a outras novas ligações!
Em todo o começo reside um encanto
Que nos protege e ajuda a viver.
Serenos, transponhamos espaço após espaço,
Não nos prendendo a nenhum como a um lar;
Ser-nos corrente ou parada
Não quer o espírito do Mundo,
Mas de degrau em degrau elevar-nos e aumentar-nos.
Mal nos habituamos a um círculo de vida,
Íntimos, ameaça-nos o torpor;
Só aquele que está pronto a partir e parte
Se furtará à paralisia dos hábitos.
Talvez também a hora da morte
Nos lance, jovens, para novos espaços.
O apelo da Vida nunca tem fim...
Vamos, coração, despede-te e cura-te.
(H. Hesse)