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[78] Ecco com'è che va il mondo!


Fernando Botero, La Cama


Era a puta mais gorda que alguma vez vira, a mulher mais gorda que alguma vez contemplara. Trazia um vestido de seda furta-cores, um colar de pérolas pequenas ao pescoço e um leque de avestruz. Tinhas mãos delicadas.
Um homem disse-lhe: «montanha nojenta de banhas». Ela riu-se, abanou a cabeça como a dizer que sim, ó meu Jesus, é claro que sim. Fazer amor contigo não deve ser cómodo, és gorda por três... mas não, dizem-me que tens um regaço maravilhoso, que és mais linda do que Marylin ou Evelyn, já não me lembro. Ela riu-se e abanou a cabeça, ciciou qualquer coisa, como que a dizer que sim.
Estais a ver como vai o mundo? Pois é assim que o mundo vai!
A minha alma não destila mel e doçuras, happyness and truth, necessidades naturais. Mas tenho uma filha que, nos intervalos, me acaricia os cabelos grisalhos. E os anos tornam-se doces ao seu toque, beija-me nas faces cruéis e entrança-me jogos pacientes de ramos com as suas pupilas de gata.
Terá sido em Abril ou em Maio? Por acaso encontrei-a. Ri-me, abanei a cabeça e ciciei qualquer coisa como que a dizer que sim.
Estais a ver como vai o mundo? Pois é assim que o mundo vai!

(Franco Battiato, L'imboscata, texto de Manlio Sgalambro, Ecco com'é che va il mondo, traduzido por Cura di Sé)
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