[51] DOS RIOS (VIII): t.s. eliot
Não sei muito acerca de deuses; mas penso que o rio
É um robusto deus castanho - taciturno, selvagem e intratável,
Paciente até certo ponto, reconhecido primeiro como fronteira;
Útil, indigno de confiança, como veículo de comércio;
Depois um simples problema para o construtor de pontes.
Uma vez resolvido o problema, o deus castanho é quase esquecido
Pelos habitantes das cidades - sempre, contudo, implacável,
Conservando as suas estações e as suas fúrias, destruidor, lembrando
Aos homens o que eles decidem esquecer. Sem honras, desfavorecido
Pelos adoradores da máquina, mas esperando, vigiando e esperando.
O seu ritmo estava presente no quarto das crianças,
No viçoso alianto do antepátio de Abril,
No cheiro das uvas sobre a mesa de outono,
E no serão à luz do gás de inverno.
O rio está dentro de nós [...]
É um robusto deus castanho - taciturno, selvagem e intratável,
Paciente até certo ponto, reconhecido primeiro como fronteira;
Útil, indigno de confiança, como veículo de comércio;
Depois um simples problema para o construtor de pontes.
Uma vez resolvido o problema, o deus castanho é quase esquecido
Pelos habitantes das cidades - sempre, contudo, implacável,
Conservando as suas estações e as suas fúrias, destruidor, lembrando
Aos homens o que eles decidem esquecer. Sem honras, desfavorecido
Pelos adoradores da máquina, mas esperando, vigiando e esperando.
O seu ritmo estava presente no quarto das crianças,
No viçoso alianto do antepátio de Abril,
No cheiro das uvas sobre a mesa de outono,
E no serão à luz do gás de inverno.
O rio está dentro de nós [...]