[45] DOS RIOS (IV): d.m. turoldo.
Rio do meu Friuli, pobre
rio, vasto, de saibro
onde apenas uma ou outra poça de água
acolhia, no verão, os nossos
corpos brancos de criança
semelhante a baptistério selvagem!
Mas mais amado ainda é o outro
rio que por dentro me atravessa,
rios de seguras águas lustrais,
das suas margens espero, ó Pai,
que a tua voz me chame
e diga: «Ó filho!».
É este o meu Jordão
rio do meu exílio
e da minha sede mais verdadeira:
rio percorrido por secretas
águas, como o rio
rio, vasto, de saibro
onde apenas uma ou outra poça de água
acolhia, no verão, os nossos
corpos brancos de criança
semelhante a baptistério selvagem!
Mas mais amado ainda é o outro
rio que por dentro me atravessa,
rios de seguras águas lustrais,
das suas margens espero, ó Pai,
que a tua voz me chame
e diga: «Ó filho!».
É este o meu Jordão
rio do meu exílio
e da minha sede mais verdadeira:
rio percorrido por secretas
águas, como o rio
da minha infância.