[227] sobretudo o homem
(Sergei Savchenko, In the Light )
Não vivas nesta terra como um estranho ou como um turista na natureza. Vive neste mundo como na casa do teu pai: acredita no grão, na terra e no mar, mas sobretudo, acredita no homem. Sente a tristeza do ramo que seca, do astro que se apaga, do animal ferido que geme, mas sobretudo, sente a tristeza e a dor do homem. Ama as nuvens, os carros, os livros, mas sobretudo, ama o homem. Que todos os bens da terra te tragam alegria: a sombra e a luz, as quatro estações, mas sobretudo, numa medida bem calcada, que o homem te traga alegria. (Nazim Hikmet, da última carta ao filho)
Acerca de Espinosa de que falaste noutro comentário, fui à procura e acho que tem a ver...no Domingo passado eu também fui espezinhada à saida de algum lugar...espiritualmente espezinhado e excomungada, não consigo ter concentração para ler nenhum livro, mas aqui encontro distração no sentido de que o espirito se liberta da dor porque passa.
«Enquanto homens temos possibilidade de descobrir os diferentes elos que se entretecem entre os diferentes conatus que são os outros modos. São esses elos que permitem o estabelecimento de uma ligação com Deus. O desejo humano coloca-se assim como mediação para Deus e culmina na descoberta da especificidade do estatuto do humano enquanto manifestação da potência divina.»
Obrigado
Ainda que não se escreva assim em hebreu diz-se «Avi Gezuntz» que significa até à próxima...ou «Hasta la vista!»
O homem está no mundo e consequentemente é afectado pelos outros modos. Estabelece relações com os restantes corpos e desse modo vai aumentando ou diminuindo o poder próprio. Quando se limita a sofrer passivamente a actuação dos objectos, sem a compreender, é causa parcial do que lhe acontece, é passivo. Quando procura ser causa adequada daquilo que o afecta, ou seja, quando compreende, então é activo. A razão corresponde à obtenção de autonomia, portanto de actividade.
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