[189] os franceses são bons copains
Ora aqui está um instrumento que seria importante aplicar à realidade portuguesa para melhor a compreender. Trata-se de uma apresentação chiffrée et argumentée des modes de vie, des modes de consommation et des valeurs des Français en six grandes sections : individu, famille, société, travail, loisirs et argent.
E se alguma coisa queremos imitar dos franceses, que seja esta forma, útil, de aplicar as ciências humanas, neste caso a sociologia, à realidade nacional. Teríamos uma Portugoscopia em vez das generalizações que, amiúde, (veja-se o caso recente de Portugal, hoje. O medo de existir) algum profeta da desgraça nos propina como verdade coada pela racionalidade analítico-antropológico-filosófico-etnográfico-equemmaistivermaisacrescente...
Todos (!!) sabemos (!!) que o pessimismo é apanágio exclusivo (!!) do português, aquele tal que tem medo de existir e que não inscreve nenhum acontecimento (!!). Mas as coisas já não são o que eram. Eis que surge uma nova horda de pessimistas e de cansados de viver: os franceses!! (Alguém andou por lá e não se apercebeu!!).
Pois bem, segundo Gérard Mermet, o autor de Francoscopie 2005 : le point sur la vie et les avis des Français (Larousse), os franceses manifestam uma grosse fatigue sob a forma de uma enorme inquietude em relação ao futuro, que, no presente, assume a forma de uma autêntica crise de pessimismo. Afinal temos des copains da desgraça. Alguém se sente como nós. Se é que nós sentimos como se quer fazer crer que sentimos!
No me suelo creer las Humanoscopias: no creo que seamos tan únicos como queremos hacer creer que somos; pero ¿realmente se puede resumir una nación de... 50 millones de personas así, en 300 páginas?
¿De verdad?
Blue Thing
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