[179] a lentidão
(c. monet, o rio sena em argenteuil)
Nenhuma passagem de um lugar a outro a uma velocidade de cem milhas por hora nos poderá tornar mais fortes, mais felizes ou mais sábios. Há sempre no mundo mais coisas do que as que podem ver os homens, ainda que caminhem muito devagar; não as verão melhor por andarem mais depressa. As coisas realmente preciosas são uma questão de pensamento e de visão, não de velocidade. Uma bala não passa a ser boa por ser rápida e o ritmo lento não diminuirá um homem, que seja realmente um homem, uma vez que a glória deste não está no seu muito andar, mas no seu muito ser (adaptado de a. de botton em a arte de viajar, citando john ruskin)