[130] «...o amor terá bastado...»
(Alfred Gockel, Sunshine)
«Num livrinho hoje desconhecido, intitulado A ponte de São Luís Rey, o escritor americano Thornton Wilder inventa uma personagem, o irmão Junípero, que, numa pequena aldeia peruana, tenta responder a uma questão impossível: se Deus é justo e bondoso, então deve haver uma contabilidade, uma lógica entre a prática do bem e do mal.
Incentivado por esta questão, o herói investiga a morte acidental de cinco pessoas quando atravessavam uma ponte num dos muitos desfiladeiros que cortam os Andes. A sua busca é inútil: os bons muitas vezes sofriam mais do que os corruptos, os depravados e os malvados gozavam não somente de boa saúde, mas de uma vida repleta de coisas agradáveis.
A descoberta do irmão Junípero é belíssima, eu cito:
Em breve, porém, morreremos todos e toda a recordação (desses cinco) terá deixado o mundo, e nós mesmos seremos amados um pouco e, depois, esquecidos. Mas o amor terá bastado, pois todos esses impulsos do amor voltam ao amor que os criou. Nem a memória é necessária ao amor. Há uma terra dos vivos e uma terra dos mortos e a ponte entre elas é o amor: o único sobrevivente, o único significado.
No dia em que eu partir para o nada, para o céu e para o esquecimento ao qual todos estamos destinados, fiquem seguros de que a minha foi balizada por esse amor».
(Roberto Damatta, Porque morremos)
Caro Che,
Parece-me que o teu blog se tornou um ponto de encontro para muito do que senti e que a vida se encarregou de apagar...ou que eu apaguei da minha vida.
Mandei o teu endereço a todos os meus mais queridos Amigos é muito importante que leiam o que escreves e vejam as imagens que escolheste para ilustrar o teu blog...desculpa ao contrario de ti eu escrevo um pouco mal, não quero poluir o teu espaço com o meu arremedo de pseudo...mas vou continuar a ler e a passar palavra...sejas muito culto...ou very resourcefull, fazes-me pensar e trazes-me bem estar :)provavelmente so ate amanha ou ate á proxima crise...
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