<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8680301\x26blogName\x3dcuidado+de+si\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://curadise.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://curadise.blogspot.com/\x26vt\x3d-5782357060185373402', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

[96] PRESENTES (I): um pente de aço

Os dois param na esquina da Jacobsen; o pai vai para Munkdamsveien, para o estaleiro de construção, e Herman segue em frente. O pai inclina-se sobre Herman e o seu hálito cheira a cigarros e café.
- Um dia vais subir comigo no guindaste – diz.
Herman olha noutra direcção.
- Pois. Consegues ver até à América lá de cima?
- América?! Ainda mais longe! Posso ver tão longe que até vejo as minhas próprias costas!
- Bestial! – diz Herman.
- Não é verdade – diz o pais baixinho. – Consigo ver até Nesodden. Não devemos mentir e inventar coisas, pois não?
- Preferivelmente não.
O pai põe-se direito, procura na algibeira de trás e tira o pente de aço.
- Agora é teu – diz com cerimónia. – Usa-o bem.
Herman recebe com cerimónia o pente, que brilha e tem um peso agradável na mão.
- E tu, como te vais pentear? – pergunta.
- Só meto a cabeça fora do guindaste e o vento é o meu pente – diz o pai, e encaminha-se, enorme, em direcção à Munkdamsveien, desaparecendo atrás de um bando de pombos, que, de repente, levantam voo.
[Lars S. Christensen (2004). Herman. Lisboa. Cavalo de Ferro]
« Home | Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »
| Next »

» Enviar um comentário


Site Meter Listed on Blogwise Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons License.