[280] MICRO-CAUSAS: o que valem
A iniciativa do ABRUPTO (cont.) recolhe frutos
«Para quem tenha dúvidas sobre o impacto dos blogues no debate público, leia os jornais de hoje, em particular o Público e o artigo do senhor Ministro das Obras Públicas no Diário Económico. Eles podem não querer admitir, por razões aliás bem pouco nobres, a quem se deve a origem de uma nova informação arrancada a ferros, - o estado dos estudos sobre a OTA e as obscuras razões porque não são divulgados em simultâneo com a decisão (essa já foi tomada, não foi?), - mas a verdade é impossível de esconder. Está hoje a estabelecer-se um novo standard de exigência para os governos: com as novas tecnologias e o alargamento que a Internet propícia para o debate público, não é mais possível manter a administração fechada, com tudo aquilo que não é matéria reservada fora do conhecimento de todos. Em tempo útil.Este escrutínio, que marca um ponto sem retorno, vai valer para a OTA, para o TGV, para todos os grandes projectos, para o que sabe dos incêndios, mas vai também esclarecer muitos aspectos pouco claros da governação até agora confortavelmente escondidos como "técnicos", como seja a actividade de empresas de consultadoria, escritórios de advogados, fornecedores de pareceres de todo o tipo. Há toda um negócio que vive do poder político, altamente discricionário, às vezes sério, mas também muitas vezes tão politizado nas suas decisões, tão dependentes de favores, tão sujeito á transumância de pessoas, encomendas, pareceres, lobis, na proporção directa da falta de escrutínio público. Ora é para aí que muito do poder político se tem deslocado, é para aí que os lobis dos grandes negócios se concentram numa mediação nem sempre transparente. É aí que reside muito do poder e da decisão política, e não na Assembleia, nem nos orgãos formais do estado e dos partidos.Foram os blogues que suscitaram a questão do "estado" dos estudos da OTA, e a exigência (que permanece) da sua publicitação em linha, a comunicação social tradicional veio atrás. Não há mal nenhum nisso, mesmo quando não o querem reconhecer. O que interessa é o debate público não a citação, que ainda é uma cultura escassa fora dos blogues. O que interessa é que se ajude a mudar o modo de fazer política em Portugal, do ponto de vista dos contribuintes e não do ponto de vista do estado, que é o que ainda domina o discurso da situação e da oposição tradicional, e muita da imprensa. Esta é uma genuína causa liberal, mesmo sem o rótulo. Liberal, de liberdade.
«Para quem tenha dúvidas sobre o impacto dos blogues no debate público, leia os jornais de hoje, em particular o Público e o artigo do senhor Ministro das Obras Públicas no Diário Económico. Eles podem não querer admitir, por razões aliás bem pouco nobres, a quem se deve a origem de uma nova informação arrancada a ferros, - o estado dos estudos sobre a OTA e as obscuras razões porque não são divulgados em simultâneo com a decisão (essa já foi tomada, não foi?), - mas a verdade é impossível de esconder. Está hoje a estabelecer-se um novo standard de exigência para os governos: com as novas tecnologias e o alargamento que a Internet propícia para o debate público, não é mais possível manter a administração fechada, com tudo aquilo que não é matéria reservada fora do conhecimento de todos. Em tempo útil.Este escrutínio, que marca um ponto sem retorno, vai valer para a OTA, para o TGV, para todos os grandes projectos, para o que sabe dos incêndios, mas vai também esclarecer muitos aspectos pouco claros da governação até agora confortavelmente escondidos como "técnicos", como seja a actividade de empresas de consultadoria, escritórios de advogados, fornecedores de pareceres de todo o tipo. Há toda um negócio que vive do poder político, altamente discricionário, às vezes sério, mas também muitas vezes tão politizado nas suas decisões, tão dependentes de favores, tão sujeito á transumância de pessoas, encomendas, pareceres, lobis, na proporção directa da falta de escrutínio público. Ora é para aí que muito do poder político se tem deslocado, é para aí que os lobis dos grandes negócios se concentram numa mediação nem sempre transparente. É aí que reside muito do poder e da decisão política, e não na Assembleia, nem nos orgãos formais do estado e dos partidos.Foram os blogues que suscitaram a questão do "estado" dos estudos da OTA, e a exigência (que permanece) da sua publicitação em linha, a comunicação social tradicional veio atrás. Não há mal nenhum nisso, mesmo quando não o querem reconhecer. O que interessa é o debate público não a citação, que ainda é uma cultura escassa fora dos blogues. O que interessa é que se ajude a mudar o modo de fazer política em Portugal, do ponto de vista dos contribuintes e não do ponto de vista do estado, que é o que ainda domina o discurso da situação e da oposição tradicional, e muita da imprensa. Esta é uma genuína causa liberal, mesmo sem o rótulo. Liberal, de liberdade.
Estes setenta blogues Bloguítica. Blasfémias , Ciberjus , Von Freud , Grande Loja do Queijo Limiano, [ai-dia], A destreza das dúvidas , crackdown, ContraFactos & Argumentos , ' A Esquina do Rio , Almocreve das Petas, Um prego no sapato, ...bl-g- -x-st-, sorumbático, Portuense, ABnose, Portugal dos Pequeninos, Teoria da Suspiração, A Baixa do Porto, Minha Rica Casinha, Sombra ao Sol, Insustentável, Insustentável Leveza, Virtualidades , Blogdamarta, Adufe, Tela Abstracta, opinar, Abnegado, Cabo Raso, Bateria da Vitória, Foz, Tempo Suspenso, Galo Verde, Navio Negreiro, Entre Pedras, Palavras, Viver Bem na Alta de Lisboa, Faz Tudo, SEDE, Observador Cosmico, Nortadas, Piano, primadesblog, Pura Economia, Impertinencias, Nova Floresta, Acid Junk Food, Prova dos Nove, Quinta do sargaçal, O cacique, Cuidado de Si, My Guide to your Galaxy, Ideias Dispersas, Gatochy's blog, Congeminar, Verão Verde, Forum Comunitário, Ma-Schamba, Ecletico, Miniscente, o careto, iuris, 19 Meses Depois, o caricas, Lendas & Etcetera, A Arte da Fuga, Luminescências, Nevsky Prospekt, Outro Planeta, Abrupto e um jornal digital, o Portugal Diário contribuíram para esse novo standard. Talvez tenha sido este o valor desta causa.
*Mais vale tarde do que nunca: EPIA - Estudos Preliminares de Impacte Ambiental (OTA e Rio Frio). Falta o resto, mas este é o bom caminho».
Ontem vi a aflição de perto que estes incendios causam...as pessoas ao pé de suas casas correm pelo asfalto em direcção aos quintais onde a frescura das arvores que os rodeiam são agora como a lamina de uma guilhotina que ameaça cair sobre o pescoço sem aviso...
Os bombeiros coitados já se deixaram de combater chamas...só podem andar a vigiar as casas...valores ecologicos tem de ceder perante o valor da vida humana em perigo. De manha fui ate ao quartel dos bombeiros ver como paravam as modas...no pateo um homem deitado no chão ao pe de um carro cisterna dorme aquilo que pode...lá dentro as camaratas estao cheias...no atrio, um tosse cavernosa e compulsivamente...
Já não são as limpezas das matas que ajudam...este ano de acordo com a opiniao de um amigo...são as matas ao pe das povoações...como pode isto ser? como pode alguem achar piada a isto ? porque não há duvidas que isto é terrorismo ...Portugal vai ficar como a Ilha da Páscoa?...o misterio vai permanecer vamos ficar sem arvores...o fogo aparece nas penhas mais bonitas...começa estratégicamente nos vales e sobe pelas encostas...
S. Oliveira
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